Vida Ativa em Lar: Odete Regueira
Por Sónia Domingues , 28 de Abril de 2023 Lares e Residências
Natural de Sintra, Odete Regueira ficou órfã de pai e de mãe quando ainda era uma criança de colo. Nascida para uma vida dura, foi criada pelos avós, numa situação bastante dura. Mal sabia ela que uma vida de conforto a esperava nos anos em que mais iria precisar de ajuda especializada. Casou aos 21 anos e cedo se dedicou à família que foi crescendo. Tinha uma vida ativa e preenchida, mas as dificuldades financeiras forçaram a saída do país, quando já tinha 53 anos. Com as filhas adolescentes, rumaram a uma nova vida, na Suíça, onde permaneceram por muitos anos.
Após a passagem por um lar de idosos suíço, as filhas de Odete procuraram na Lares Online uma opção que proporcionasse aos pais uma vida ativa e confortável, e encontraram o lar perfeito.
A fragilidade da saúde do marido requeria ajuda especializada e cuidados de saúde 24 horas por dia e, apesar de o lar de idosos na Suíça cumprir os requisitos formais, faltava algo. Para Odete havia apenas uma solução: regressar a Portugal e escolher um lar de idosos. Procuravam um lar que lhes proporcionasse todos os cuidados de saúde, mas que oferecesse a atenção e convívio, algo que lhes faltou nos quatro meses que estiveram a viver num lar no estrangeiro. E fizeram uma escolha segura com o apoio gratuito da Lares Online.
A escolha de viver num lar e regressar ao país natal
Porque decidiu ir com o seu marido para um lar, na Suíça?
Odete Regueira - Eu não tenho saúde para estar em casa sozinha e o meu marido precisa de assistência médica 24 horas por dia. Já fez três operações ao coração e já tem muita idade, 92 anos feitos. Era muito complicado para mim. Podia pagar a uma mulher todos os dias, mas normalmente quando mais se precisa é à noite. E dar-lhe banho, mudar fraldas, era muito complicado. Decidimos ir para um lar na Suíça, para ficarmos ao pé das nossas filhas, mas estivemos lá apenas 4 meses, porque os outros residentes nos punham de lado.
Não temos saúde para estar sozinhos, precisamos de cuidados e apoio, e queríamos ficar perto das nossas filhas lá na Suíça, mas depois não resultou.
Como encontraram um lar de idosos de qualidade em Portugal?
Odete Regueira - Foi em conjunto. Face à experiência que tivemos, eu e o meu marido queríamos regressar a Portugal. E tivemos auxílio das minhas filhas a procurar um bom lar na internet. Cheguei a ver na televisão os idosos a ser maltratados, mas eu disse às minhas filhas que se fazia um sacrifício para um lar com qualidade. Preferi decidir que pagaria mais um bocadinho, mas queria um lar em condições para não ser maltratada, nem o meu marido! Queríamos um bom lar, e encontrámos com ajuda da Lares Online.Eu, o meu marido e as minhas filhas tivemos ajuda da Lares Online, que nos encontrou um lar com condições perto do aeroporto, para as nossas filhas nos virem visitar.
A transição de um lar na Suiça para um lar em Portugal, foi fácil?
Odete Regueira - O lar na Suíça tinha boas qualidades, mas porque só éramos nós portugueses, e como a língua não é a mesma, eles punham-nos um bocadinho de parte. Não conviviam com a gente da mesma forma. Não éramos mal-tratados, mas não davam a atenção que deviam de dar. Ah e a comida lá não era grande coisa, aqui é melhor. Eu gosto mais de comer aqui. Muitas vezes fazem bacalhau à brás, bacalhau assado, peixinho grelhado, e é muito bom.
Estou no Mar Sénior Quinta das Memórias desde julho de 2022, e já estou muito contente porque são todas muito simpáticas. A direção técnica, as enfermeiras e auxiliares, todas! Eu e o meu marido estamos muito bem tratados aqui. Às vezes há uma pequena falha, em pormenores, mas isso é normal. Nas nossas casas também temos falhas em coisas que não interessam. Mas estamos muito bem cuidados e felizes.
Fomos dos primeiros residentes a entrar neste lar, estreamos tudo! Eu disse logo ao meu marido: a nossa casa agora é aqui!
Uma vida ativa, muito mais acompanhada e despreocupada
No lar onde estão têm muitas atividades?
Odete Regueira - Temos uma vida ativa no lar, estamos sempre a mexer. Passeamos um bocadinho no terraço, jogamos dominó, vemos televisão, à tarde faço a sesta e passamos assim o dia. Tenho muitas amigas no lar, sou uma pessoa que se dá bem como toda a gente. Ainda bem que há estas casas para acolher os idosos e aqui estamos muito bem tratados. No Natal fizeram uma grande festa, adorei! Era comer e beber com fartura, gostei muito mesmo! Até me fartei de dançar! As funcionárias são cinco estrelas. Muitas vezes com a ajuda da animadora fazemos ginástica, cantamos, contamos anedotas, boa disposição não falta!Temos uma vida ativa no lar, estamos-nos sempre a mexer no dia-a-dia e em ocasiões especiais. Por exemplo no Natal houve uma grande festa e fartei-me de dançar!
Estar num lar de idosos facilitou o seu dia-a-dia?
Odete Regueira - Sim, o dia-a-dia agora é muito animado. Tenho saído para fora do lar, vou ao cabeleireiro, vou beber um café, até vou almoçar ao restaurante quando as minhas filhas cá estão, vindas da Suíça. Estou mais acompanhada, se eu preciso de alguma coisa, chamo as empregadas e elas vêm, já não me tenho de preocupar com nada, seja meu seja do meu marido!
É um descanso. Já me custava fazer as limpezas, já tinha uma senhora que vinha fazer umas horas para fazer as limpezas maiores, mas mesmo assim não era suficiente. Temos todas as semanas médico, é muito simpático, não tenho razões de queixa. Normalmente também temos visitas a partir das duas da tarde, mas já têm vindo visitas de manhã, são muito flexíveis.
É um descanso: eu e o meu marido estamos mais acompanhados, se precisamos de alguma coisa é só chamar e vêm logo. Não me preocupo com nada!
Do que gosta mais da sua nova vida no lar?
Odete Regueira - De conviver com as pessoas. Estou muito mais acompanhada e mais ativa e passa-se o melhor tempo. Em casa, às vezes aborrecia-me de estar sozinha com o meu marido, que tem muitas dores. Com a idade, e os problemas de saúde, ele está um bocadinho insuportável, é impossível mesmo estar só com ele todos os dias. Estar neste lar é muito diferente de estar sozinha com o meu marido, que precisa de ajuda especializada. Já não me preocupo com as coisas de casa, e posso estar a conviver com as pessoas e fazer atividades.Estou muito mais acompanhada, mais ativa, e posso conviver com outras pessoas! Passa-se muito melhor o tempo que quando estava em casa.
Depois de uma vida de altos e baixos, Maria Odete Regueira continua ativa e cheia de boa disposição, apesar de algumas fragilidades associadas à idade e da delicadeza da saúde do marido. Após uma experiência num lar no estrangeiro, na residência Mar Sénior Quinta das Memórias encontrou o lugar perfeito para viver. Maria Odete tem hoje uma vida ativa e preenchida, com muitas amizades novas, e o conforto de que necessita. Quanto ao marido, com uma saúde mais frágil, encontrou nesta residência sénior a ajuda especializada que procurava.