Perigos associados ao idoso que gere a sua medicação em casa

Por Mariana Camargo , 25 de Março de 2022 Envelhecimento


Um grande problema enfrentado por famílias de idosos que moram sozinhos é o controlo da medicação que os mesmos tomam nas suas casas. Há várias dificuldades que podem surgir, principalmente quando os idosos começam a envelhecer e a ver as suas funções cognitivas mais diminuídas. As dificuldades podem ser devido à falta de memória, que pode levar o idoso a esquecer de tomar o remédio, ou tomá-lo mais de uma vez ao dia. Isto para não falar da automedicação realizada pelo idoso, de vitaminas, mezinhas e medicação «banal»,  o que pode ser muito perigoso à sua saúde.


40% dos idosos portugueses tomam medicamentos inapropriados, que podem levar a quedas ou problemas graves de saúde.



Há muitos perigos relacionados ao descontrolo na toma de medicação em casa, já que se não houver frequência e organização os medicamentos não têm o efeito desejado e as doenças continuam a manifestar-se e a dificultar a vida do idoso.

Como os problemas relacionados com a medicação são um dos pilares que incentivam as famílias para a procura de lar, o blog Lares Online aproveita este artigo para falar sobre a importância de uma boa gestão dos medicamentos dos idosos, que não coloque em perigo o bem-estar do idoso.



A cultura da medicação em Portugal


Em Portugal, temos uma cultura muito focada em tomar medicamentos, mesmo em casos em que eles podem não ser necessários. Em casos de tensão arterial, em vez de bebermos menos café e controlarmos a alimentação, tomamos um comprimido e pensamos que está tudo bem. Com diabetes, colesterol, e outras doenças fazemos o mesmo. 


É frequente, ao mínimo sintoma, recorrermos a vários medicamentos, desde paracetamol a laxantes, ou mesmo comprimidos para dormir.



Todas as famílias portuguesas têm na sua casa um armário (ou gaveta, ou estante) de medicação. Medicamentos para vários fins, adquiridos ao longo dos anos e nem todos dentro do prazo de validade. É desta «Mini-Farmácia» que os idosos se munem, à mínima dor de cabeça, de articulações ou insónia. Mas esta toma leviana de medicação, sem acompanhamento médico, pode fazer o idoso correr vários perigos de saúde.


Automedicação como prática instituída


Além da medicação para doenças que podem ter outros tratamentos, há também muitos idosos que se automedicam, essencialmente com aqueles medicamentos sem receita médica de que falámos. Em casa, há uma toma recorrente de medicação como paracetamol, laxantes e comprimidos para dormir, sem saber as repercussões que pode ter na saúde do idoso.


Muitos idosos tomam medicamentos por iniciativa própria, sem que tenham sido receitados por um profissional de saúde ou tenha sido tida em conta a sua restante medicação.



Vale lembrar que este consumo inadvertido pode ser de medicamentos que apresentam contraindicações com outros que o idoso toma, e pode mesmo levar a reações adversas. Atualmente, antes de serem receitados, são feitos diversos estudos para descobrir quais são os medicamentos que podem ser combinados. Apenas um profissional de saúde consegue dar estas respostas ao idoso, por isso a automedicação deve ter veementemente evitada.

Por isso, deve ficar extremamente atento quanto aos medicamentos que o seu familiar idoso está a tomar sozinho em casa, se ele for o responsável por se medicar diariamente.



Trocas na medicação podem ser fatais


Outro ponto que preocupa famílias de idosos quando o assunto é medicação é a possibilidade de o idoso acidentalmente não tomar a sua medicação como deve ser. Em vez de tomar o comprimido azul, o idoso tomou o verde à hora de almoço. Por vezes, esta troca pode ser inofensiva, mas há medicação que não pode ser trocada, levando a descompensação.


Ao trocar o medicamento que devia tomar por outro ou tomá-lo na hora errada, o idoso pode estar a colocar-se em perigo inadvertidamente.



Há medicação que tem de ser muito acompanhada, por exemplo, medicamentos para doenças do foro neurológico, cardíaco ou mesmo psiquiátrico. Vale lembrar que a descompensação destas doenças pode levar a complicações sérias de saúde ou mesmo à morte do idoso. Longe do acompanhamento de um profissional, e com o envelhecimento e perda de capacidades do idoso, os perigos de troca de medicação ou de horário tendem a ser cada vez maiores em casa.



Falta de memória potencia acidentes


Como já falámos, o sucesso dos tratamentos que envolvem a utilização de vários medicamentos depende da constância, disciplina e organização. Saber como organizar medicação para idosos é fundamental para evitar erros, facilitar a rotina e manter os produtos adequados para consumo, contribuindo para a longevidade dessas pessoas.

Entretanto, a falta de memória do seu familiar idoso pode ocasionar duas situações distintas, mas muito perigosas:


  1. O idoso esquece-se de tomar a medicação regularmente, levando a problemas de descompensação, onde o remédio não vai funcionar como é devido e assim a doença segue sem controlo e pode piorar;
  2. Após tomar a medicação, o idoso esquece-se e toma-a de novo, levando a complicações de saúde por excesso de medicamentos, como a sobrecarga do estômago ou do fígado, e até uma intoxicação.

Por isso, a falta de memória é bastante grave naqueles idosos que moram sozinhos e assim podem colocar a sua saúde em perigo. Caso perceba que o seu familiar já não tem condições de manter a sua rotina de medicamentos de forma estável em casa, ou que não lhe comunica os sintomas que tem, passando para a automedicação, os lares de idosos são uma excelente opção para ter em mente, já que dispõem de profissionais qualificados a cuidar de perto e diariamente das necessidades individuais de cada idoso.



Ajuda profissional pode ser a solução mais segura


Portanto, se o seu familiar apresenta algum destes problemas para se medicar, o trabalho de um lar de idosos e dos seus profissionais, que manterão a gestão de medicamentos em dia, é a saída mais segura para manter a qualidade de vida e de saúde do idoso.

Além do mais, nos lares os idosos são acompanhados com frequência por médicos e enfermeiros que mantêm as prescrições dos medicamentos necessários e garantem a frequência necessária na toma de cada medicamento.


Nos lares, há avaliação constante das necessidades do idoso, assim como acompanhamento médico e de enfermagem muito próximo.



Os lares têm uma resposta muito rápida se for necessário adicionar, retirar medicação a mais ou fazer mudanças de dosagem sempre que for preciso. Além do acompanhamento médico, os demais colaboradores de lares de idosos estão sempre atentos à saúde dos seus utentes. É feita uma avaliação contínua quando o idoso reclama de algum sintoma ao enfermeiro, se o diretor técnico percebe que um idoso teve mudanças de comportamento, e até mesmo o animador pode verificar as questões cognitivas e se o idoso não se encontra prostrado. 

Com o cuidado singular e profissional de um lar de idosos, é mais fácil identificar também problemas como a sobredosagem e as interações entre medicamentos. Além de permitir que seja feita, em tempo útil, toda a manutenção e mesmo retirada de medicamentos que já não fazem sentido. Diante disso, se tem um familiar idoso que já não consegue manter a gestão dos seus medicamentos de maneira correta em casa, os lares de idosos e seus cuidados de profissionais qualificados podem ser a solução mais segura para a manutenção da sua saúde.



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