Como motivar os idosos a praticar exercício?

Por Susana Pedro , 21 de Outubro de 2019 Longevidade


​Fazer exercício físico de forma quotidiana é muito benéfico, mas raramente as pessoas mantêm esse hábito ao longo da vida. Manter uma vida ativa não é fácil, em qualquer idade, e principalmente na velhice, onde conseguimos facilmente encontrar desculpas para não o fazer.

Os idosos sentem-se muitas vezes intimidados com o desporto. Os exercícios não parecem fáceis e, na verdade, os idosos sentem que já não sabem por onde começar. 



Dar a perceber os benefícios

O desporto pode ser intimidante. O nosso corpo tem o seu expoente de força máxima entre os 20 e os 30 anos, mas a partir daí pode continuar a ser trabalhado.

O primeiro passo para os idosos saírem do sofá é mesmo perceberem os benefícios de uma atividade física regular. Mesmo algo tão simples como caminhar oferece uma infinidade de benefícios à saúde física e mental.


«Mas eu já não consigo fazer exercício»


O exercício ajuda a reduzir o stress e pode ajudar a promover um sono melhor. O exercício regular ajuda a melhorar as funções do corpo, reduzindo o risco de diabetes e outras doenças crônicas. O exercício também melhora a mobilidade, flexibilidade e resistência, além do equilíbrio. A longo prazo, uma vida ativa reduz as probabilidades de queda e pode diminuir os sintomas da artrite.



Desmistificar o esforço associado

Muito da nossa perceção do exercício passa pelo que nos é mostrado na televisão. Ao falar a idosos para manterem um estilo de vida ativo e fazerem exercício quotidiano, é normal que comecem a pensar em ginásio altamente equipados e exercícios difíceis.

«É preciso ir para um ginásio para permanecer ativo»


Cabe-nos, então, o papel de desmistificar esta situação. Não é necessária uma hora de exercícios vigorosos, como levantamento de pesos, nem correr a maratona. Há muitos exercícios simples que os idosos podem fazer, consoante as suas dificuldades e necessidades, alguns mesmo sem se levantarem do sofá.



Começar de forma lenta e gradual

Obviamente que ninguém pretende que o idoso vá aos Jogos Olímpicos, muito menos num curto espaço de tempo. O objetivo será sempre melhorar a qualidade de vida do idoso, pelo que é necessário que o corpo se vá adaptando gradualmente ao exercício. É necessário criar uma rotina de exercício.

«Já não faço exercício há anos, não vou começar agora...»


É recomendado que se comece de forma lenta, com 20 a 30 minutos, três vezes por semana. Alguns exercícios de equilíbrio são os ideais para começar. Sempre que haja dificuldade, o idoso pode fazer uma pausa, beber um pouco de água e depois retomar o exercício. O importante é não desistir.

Ao longo do tempo, a duração dos exercícios aumenta, e a periodicidade também pode ser menor, consoante o bem-estar do idoso.



Na companhia de outros idosos

Ninguém se sente bem a fazer exercício sozinho. Para esses fins existem os ginásios, os clubes e outras associações desportivas em que as pessoas se juntam para se exercitarem.

Assim sendo, é sempre benéfico para o idoso rodear-se de pessoas como ele, de forma a motivarem-se de forma conjunta e atingirem os seus objetivos.


​«Ora agora estar a fazer exercício sozinho»


Num lar de idosos ou centro de dia, existe muitas vezes um plano de atividades onde estão contempladas algumas atividades de manutenção física. Nestes casos, convém ao idoso ser sempre acompanhado por um profissional, e pelos outros idosos. Os exercícios de grupo são sempre mais bem recebidos, e mais dinâmicos.

Fazer do exercício uma rotina é altamente benéfico para os idosos, na medida em que os traz para fora do quarto e do seu espaço confortável. Assim, muitos problemas relacionados com a solidão podem ser suavizados, incrementando a importância do aspeto social do exercício físico.



Criar metas alcançáveis

É essencial para os idosos a criação de uma meta. Todo o exercício deve servir um fim. Apesar de muitas vezes o importante ser o caminho em si, o alcançar semanal de novos objetivos, é sempre necessário criar um objetivo final para o idoso.


​«E vou fazer exercício físico porquê?»


Claro que ninguém pede que o idoso vá correr a Maratona de Lisboa, nem que entre para o Guinness com apenas alguns treinos. A meta tem de ser algo adaptado às capacidades e aos gostos dos idosos, de forma personalizada. Pode ser algo tão simples como «para a próxima, vou fazer mais cinco minutos de marcha», mas é essencial que esta meta exista. Todos precisamos de trabalhar para algo, passo a passo.



Como com qualquer alteração ao estilo de vida de um idoso, o médico do idoso deve sempre ser consultado. O médico conhece melhor saúde de cada um e pode ajudar o idoso a encontrar o programa de exercícios mais adequado. Pode sugerir atividades específicas para experimentar ou dar conselhos sobre o que o idoso deve mesmo evitar.



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