Procura-se Auxiliar de Geriatria (m/f) - URGENTE
Por Susana Pedro , 17 de Julho de 2018 Profissionais
Temos vindo a falar com alguma recorrência na centralidade e importância que os lares de idosos assumiram no seio da sociedade portuguesa. Assim, e porque existe uma procura crescente no que concerne aos serviços especializados no cuidado à pessoa idosa, considerou-se pertinente falar de uma figura profissional indubitavelmente importante neste processo: o auxiliar de geriatria.
Em dialética com o aumento da população idosa, a figura do auxiliar de geriatria ganha um relevo ímpar e com este movimento ascendente de importância as preocupações em torno destes profissionais tornam-se centrais, já que os auxiliares de geriatria se tornaram uma espécie de reflexo da qualidade do serviço prestado pela sociedade para com a população sénior.
Quem são os auxiliares de geriatria e porque são tão importantes no cuidado à pessoa idosa?
Os auxiliares de geriatria cuidam e auxiliam a pessoa idosa em duas vertentes diferenciadas: física e emocionalmente.
São profissionais que auferem de uma remuneração na ordem dos 600 euros e o seu serviço é muitas vezes supervisionado por um técnico qualificado.
Uma instituição que se centre no apoio à pessoa idosa deve prestar a devida atenção aos auxiliares de geriatria, nomeadamente ao seu número e, muito importante, ao perfil, já que uma das suas principais funções e objetivos enquanto profissionais é o garante do bem estar do idoso.
Quais são as principais funções do auxiliar de geriatria?
Providenciar cuidados de higiene à pessoa idosa e garantir que esta tem acesso a artigos de higiene, assim como a roupa limpa, seja de vestuário ou de cama;
Alimentar os utentes, tendo sempre em atenção os cuidados alimentares de cada um;
Inserir os utentes no seu novo espaço, estimulando-os, comunicando com eles e motivando as atividades físicas e intelectuais;
Acompanhá-los a consultas médicas ou idas a hospitais;
Ministrar a medicação e zelar pela sua toma devida;
Qual o perfil, por norma, de um auxiliar de geriatria?
No cômputo geral são, na sua maioria, mulheres. Isto deve-se ao facto de o papel de cuidar estar iminentemente ligado à figura feminina. Contudo, é importante que esta realidade se altere, proporcionando aos homens a possibilidade de se assumirem e reverem neste papel. Para além disto, são profissionais com um baixo índice de escolaridade num trabalho caracterizado pela alta rotatividade.
A que se deve esta alta rotatividade entre os auxiliares de geriatria?
A verdade é que este tipo de profissão não se caracteriza por ser atrativa, senão vejamos: a remuneração é baixa para um trabalho que é física e emocionalmente desgastante e que também exige um perfil muito especial. Para esta taxa de rotatividade concorrem a parca perspectiva de evolução na carreira, pouco acompanhamento, motivação ou comunicação deficitária por parte dos supervisores.
Convirá realçar que o trabalho de um auxiliar de geriatria é realizado por turnos o que influi no seu descanso assim como no decorrer normal das atividades em comunidade ou em família por parte do trabalhador. A isto deve-se adicionar o facto de ser deficientemente remunerado.
O papel do supervisor é fundamental para contrariar esta situação, mas disso falaremos mais adiante.
De facto, parece-nos uma verdade clara e distinta que a alta rotatividade por parte dos auxiliares de geriatria influenciará em muito a qualidade do serviço prestado por parte da instituição, tendo em conta que são estes profissionais que mais contactam com os idosos e a sua rotatividade poderá ser uma quebra no bem-estar emocional daqueles.
A estabilidade profissional dos auxiliares de geriatria deve ser absolutamente incentivada e, concomitantemente, os utentes dos lares de idosos sentir-se-ão, também eles, mais protegidos e melhor acolhidos pela instituição.
Como conseguir manter os auxiliares de geriatria?
Tendo em conta a crescente importância do auxiliar de geriatria enquanto figura cuidadora da pessoa idosa e a sua importância para com a qualidade do serviço prestado pelos lares de idosos, é dever fundamental dos gestores destas instituições promoverem condições de trabalho que tragam satisfação pessoal e profissional a estes colaboradores.
Assim, torna-se imperativa a procura sistemática no sentido de melhorar as suas condições laborais impulsionando a realização destes profissionais e melhorando a sua auto-estima e sentido de pertença à Instituição. Tal poderá fazer-se de várias maneiras, entre elas providenciando melhores salários, impulsionando a formação e o desenvolvimento profissional ao mesmo tempo que reconhece o impacto positivo do seu trabalho.
Melhorando as condições laborais e impulsionando a sua realização, auto-estima e sentido de pertença à Instituição.
As chefias devem procurar, ao mesmo tempo, a promoção da comunicação interna.
De modo a evitar as lesões físicas de uma atividade profissional que é altamente desgastante, os lares devem estar equipados devidamente de modo a minimizar o esforço físico destes profissionais.
É indubitável que, aliada a condições dignas, surja uma maior satisfação no trabalho que se torna visível no cuidado providenciado à pessoa idosa.