A importância de um animal de estimação para os idosos
Por Ana Palma , 19 de Fevereiro de 2019 Idosos
Os animais de estimação são uma fonte inquestionável de amor e companhia. Todos sentimos um frémito de alegria repassar o nosso corpo quando acarinhamos o nosso animal de estimação, seja ele um cão, gato ou qualquer outro animal doméstico.
Para além de serem excelentes companheiros, os animais de estimação trazem consigo imensos benefícios, sejam sociais ou ao nível da saúde, perpetuando a ligação com o homem, ligação esta que se verifica desde os primórdios. Este vínculo tão forte entre o ser humano e o seu animal de estimação pode ser explicado não só pela sensação de alegria que este providencia, mas também pelo facto de os animais não terem o poder de julgar ou avaliar os seus donos pelo que têm, pelo seu status, ao contrário da sociedade.
Os idosos e os animais de estimação
Quantas vezes vemos, no nosso bairro, o velhote passear o seu cãozinho ou o ouvimos falar no seu gato? Estes são, para os idosos, os maiores e mais inquestionáveis amigos. Existe, de facto, um apoio social e emocional oferecido pelos animais quando se verifica a ausência de outros seres humanos. Infelizmente, sabemos que muitos idosos sofrem de solidão e, nestes casos, os seus animais assumem um papel fundamental e agem como garantia do prolongamento afetivo, influenciando a esfera física e mental deste grupo etário.
Os animais de estimação são os maiores e mais inquestionáveis amigos das pessoas idosas que sofrem de solidão.
Em contacto com os animais de companhia, os níveis de ansiedade e stress dos idosos podem baixar significativamente. Para além disto, com os seus animais de estimação, os idosos reassumem o papel de cuidadores e sentem-se úteis ao providenciarem e garantirem o bem-estar dos seus animais. Neste sentido, ter um cão, por exemplo, pode ainda agir como catalisador da atividade física do idoso.
A terapia com animais de estimação em residências seniores
A ida para uma residência sénior pode ser geradora de stress e ansiedade no idoso e, em alguns casos, poderá inclusivamente desembocar numa depressão. Pode, ainda, levar a que o idoso se feche sobre si próprio e deixe de comunicar. Nestes casos, a presença de animais nas residências seniores poderá fazer toda a diferença na vida dos idosos.
Assim, os animais de estimação potenciam e estimulam a comunicação por parte do idoso e, concomitantemente, demonstram afeto e carinho incondicionais, completamente libertos de julgamentos. Por este motivo, a terapia com animais de estimação nas residências seniores tem demonstrado resultados bastante positivos, segundo alguns estudos:
Diminuição do stress ou ansiedade por parte do idoso;
Aumento da atenção e maior facilidade em comunicar;
Idosos mais ativos e felizes.
As residências seniores podem adoptar, com comum consentimento dos seus utentes, um animal de estimação ou podem recorrer a terapeutas que desenvolvam a sua atividade com animais ou associações de animais que estejam aptas para este tipo de ação junto dos idosos. Em todos estes cenários, o animal é parte ativa no processo de tratamento do idoso ou um recurso valioso para melhorar a sua qualidade de vida.
As residências seniores podem recorrer a animais de estimação externos ou adoptar um animal, com comum consentimento dos seus utentes.
Outra medida que cremos ser importante tomar será a possibilidade de as residências seniores estarem devidamente preparadas para receberem os idosos e os seus animais de estimação. Como mencionámos anteriormente, a entrada numa residência sénior é um processo complexo que muitas vezes está envolto em dor ou ansiedade por parte do idoso.
Assim, quando o idoso se faz acompanhar do seu animal de estimação, a entrada num lar e todos os seus efeitos colaterais poderão estar muito mais esbatidos. Este pode atuar como uma motivação para que o Idoso continue física e mentalmente ativo.