Lar de D. Pedro V IPSS: escolhemos a plataforma Lares Online
Por Sónia Domingues , 24 de Fevereiro de 2023 Profissionais
Por entre a fachada imponente de um edifício do século datado do século XVIII no centro de Braga, esconde-se a moderna Residência Sénior da Instituição Lar D. Pedro V. Esta residência sénior inaugurada em 2021 está instalada no espaço recuperado do antigo Convento da Penha, que também alberga um colégio infantil. Esta é uma das características que diferencia a residência gerida pelo diretor executivo Luís Costa, que contou com a profícua parceria da Lares Online para preencher as 36 vagas, logo no primeiro ano de abertura.
O desafio de gerir uma Residência Sénior de cariz social
Formado em Gestão pelo Instituto de Estudos Superiores de Fafe e com um MBA pela Coimbra Business School, Luís Costa dedicou grande parte da sua carreira profissional às tecnologias de informação. Em 2011, juntou-se ao Conselho de Administração do Colégio D. Pedro V, como membro executivo, tendo progredido para a direção em 2016. Já desde 2015 desenvolvia a ideia de criar uma residência sénior, e em agosto de 2021 o sonho cumpriu-se.
Como foi o negócio no primeiro ano da residência sénior?
Luís Costa - Tivemos um começo lento, começamos também em plena época de verão, mas foi ótimo para o arranque da casa, porque deu para organizar os serviços e o quadro de pessoal. Também permitiu que os primeiros residentes tivessem uma atenção diferente, por serem mais funcionários do que idosos. Tirando a parceria com a Lares Online, nós não fizemos nada para divulgar, a não ser prestar um bom serviço, que é esse o nosso objetivo. As pessoas que nos procuravam ou era diretamente conosco ou era através da plataforma da Lares Online. O bem-estar que as pessoas sentiram de alguma maneira traduziu-se para as famílias que têm cá os idosos, e consequentemente também há os contactos que eles vão fazendo.
Quais os principais desafios na gestão de custos de uma valência em IPSS?
Luís Costa - A gestão de custos nestas casas é sempre rigorosa, porque as prestações que se cobram são relativamente reduzidas para os custos reais de um residente idoso. O projeto da residência sénior teve um custo à volta de um milhão e meio de euros proveniente de fundos próprios e financiamento, o que leva a que tenhamos um custo por utente também muito elevado. No entanto, sempre optamos por ter uma mensalidade mediana. Nesta altura, ainda não temos acordo com a Segurança Social. Nós somos IPSS por natureza, mas o projeto está em fase de análise e ainda não há acordo de cooperação. Apesar de nesta altura a resposta social ser privada, a instituição não deixou de ter o cariz social e estamos à espera do acordo.
Que diferencia a Residência Sénior D. Pedro V dos lares de idosos tradicionais?
Luís Costa - Desde a conceção da residência, o projeto foi pensado e executado para que a relação custo/benefício fosse a melhor possível. Acaba por desmistificar essa questão das diferenças entre um lar privado e um lar social. Depois fizemos uma gestão rigorosa, em conjunto com a empresa construtora, para conseguirmos os melhores materiais e o espaço mais agradável possível, apesar de termos um orçamento apertado.
A residência D. Pedro V visualmente é muito diferente de um lar tradicional, assemelha-se mais a um hotel de entrada de gama, por causa da forma como está apresentado. Os espaços são muito amplos, os quartos são de boas dimensões, as casas de banho são enormes para aquilo que é tradicional. As cores usadas também foram pensadas para transmitir tranquilidade aos idosos. As camas foram escolhidas para serem o mais semelhante possível ao que existe nas nossas casas, aliás todo o mobiliário foi pensado nesse sentido.
A Lares Online contribuiu para a divulgação da nossa imagem inovadora, com a reportagem fotográfica que fez. Não obstante os custos serem os mesmos de montar um lar tradicional, sem desprestígio nenhum, mas tentamos fazer uma coisa diferente, à nossa maneira. Tentamos melhorar materiais com o mesmo custo. E conseguiu-se.
100% Lotada com o apoio da Lares Online
A Residência Sénior da IPSS Lar de D. Pedro V está presente na plataforma Lares Online desde a sua abertura, em 2021. Com a ajuda dos serviços da Lares Online, esta instituição tem se mantido lotada e conseguido ocupar rapidamente todas as suas vagas.
A parceria com a Lares Online tem estado à altura das vossas expectativas?
Luís Costa - A Lares Online acelerou bastante o preenchimento das vagas da Residência Sénior D. Pedro V na fase de lançamento e ajudou-nos a atingir os 100% de ocupação muito mais rapidamente do que o esperado. A Lares Online foi e é responsável pela angariação de uma boa parte dos nossos residentes idosos. Isso é muito relevante. Sobretudo numa fase inicial, porque para quem gere recursos humanos sabe que basta ter um residente para termos que ter no mínimo seis pessoas a trabalhar, para cobrir os turnos, as faltas e as férias. Como é óbvio, abrir uma casa com poucos residentes não dá para fazer face aos custos.
A Lares Online foi e é responsável pela angariação de uma boa parte dos nossos residentes idosos e preenche muito rapidamente as nossas vagas. Isso é muito relevante.
Porque escolheram a plataforma Lares Online?
Luís Costa - A meu ver, a Lares Online tem uma política que vai para além da vertente comercial de angariação de utentes. Passa também por uma grande dinâmica de informação, não apenas para os lares, mas também para os utentes e as suas famílias. Na plataforma da Lares Online, todas as pessoas podem obter uma quantidade enorme de informação que lhes permite tomar uma decisão sustentada. Também publica muitos artigos com validade técnica para nós, o que contribui para o nosso trabalho no dia-a-dia.
A enorme dinâmica de criação de informação técnica pertinente, associada a uma angariação rápida de utentes com base na transparência e na preocupação com as familas, faz-nos escolher a Lares Online!
Proximidade e trabalho de equipa
Encontrou dificuldades na contratação de profissionais para a sua equipa?
Luís Costa - Mais ou menos. Houve contratações que não resultaram tão bem, mas conseguimos manter um quadro estável. As pessoas que saíram foi porque não estavam vocacionadas para o cuidado ao idosos, ou então foi por escolha pessoal que saíram para locais onde têm melhor ordenado ou simplesmente abandonaram a área. Tivemos casos desses.
Esta é uma área extremamente exigente do ponto de vista físico e psicológico também. Os profissionais que trabalham no lar, infelizmente, não são bem pagos, fruto das circunstâncias do país, dos contratos coletivos de trabalho e, inclusive, do que se cobra aos residentes idosos. Não são profissionais bem pagos, decididamente, para aquilo que fazem e para aquilo que lhes é exigido. Eu diria que muitos deles estão nisto porque gostam imenso daquilo que fazem e nós tentamos que se mantenha assim.
De que forma incentiva a sua equipa?
Luís Costa - Tem que haver proximidade, tem que haver um trabalho de equipa muito grande. A hierarquia tem de aproximar-se de quem está no terreno a trabalhar, não se consegue de outra forma. Se houver uma clivagem entre o cuidador e a direção técnica, por exemplo, as coisas não vão resultar, porque vai haver desconforto de um lado ou outro e isso vai traduzir-se num mau serviço para o residente idoso. Na base, temos sempre de pensar que estamos a prestar um serviço aos idosos, e que têm de ser bem cuidados.
A aposta na tecnologia e na informatização
A Residência Sénior D. Pedro V dispõe de um serviço de distribuição de medicação robotizado...
Luís Costa - Trata-se de uma parceria com uma farmácia, que desenhou um sistema de distribuição da medicação,completamente baseado em inteligência artificial. Um robot pega na receita médica e faz a separação da medicação do residente idoso para 15 dias, por exemplo. Cada toma é posta num saquinho, dividido pelos diferentes horários do dia. Esses saquinhos estão todos unidos e alinhados um após o outro, dentro de uma caixa para cada idoso. Facilita muito o trabalho diário na residência, visto que não temos perda de tempo com a separação manual. Para além disso, não tem custos acrescidos nem para o residente idoso nem para nós. É um serviço completamente gratuito que a farmácia presta e traz acima de tudo segurança.
Apostaram na tecnologia noutros campos da residência sénior?
Luís Costa - Sim, eu tenho uma sensibilidade especial para as novas tecnologias, dado que dediquei grande parte da minha carreira às tecnologias de informação. Para além do elevador com sistema de abertura digital, temos uma aplicação que dá em todos os dispositivos com conexão à Internet, em que quer os cuidadores quer a parte técnica registam os procedimentos, as administrações medicamentosas que fazem e outras informações, o que torna o processo muito mais ágil. Todos os processos são informatizados, não há papel a circular pela residência.
Esta aplicação compreende também o sistema de chamadas que temos nos quartos e casas de banho. Ou seja, quando o residente idoso aciona o botão, o telefone dos cuidadores vai tocar e o sistema emite a informação de onde provém a chamada. Também temos uma passadeira para fisioterapia totalmente digital, que nos permite escolher o grau de dificuldade conforme a capacidade física do idoso.
Um projecto intergeracional
Que tipo de atividades intergeracionais desenvolvem na Residência Sénior D. Pedro V?
Luís Costa - O projeto foi desde cedo planeado para ser intergeracional e, quando se começou a traçar o plano de atividades da residência sénior, ao mesmo tempo estava a ser traçado o projeto educativo para as crianças, criando atividades em conjunto. Mas, por causa da COVID19, as valências não se têm aproximado como nós queríamos. Já houve ocasiões, por exemplo no outono, na altura do magusto, que as crianças fizeram presentinhos para os idosos e os idosos fizeram para eles, houve músicas cantadas para um lado e para o outro, uma vez que tanto as crianças como os idosos têm um coro. Há trabalhos paralelos que vão sendo feitos, atividades manuais que os idosos fazem para as crianças e trocam-se presentes. Mas existe uma série de atividades previstas com interação, fruto daquilo que vamos vendo noutros países.
Os idosos gostam de interagir com as crianças?
Luís Costa - Sim, há idosos que são autónomos e que, devidamente acompanhados, descem para junto das crianças para estar em contacto ali um bocadinho ou vê-los a brincar, não há muita interação física, mas há observação. E eles gostam muito. Faz-lhes recordar um bocadinho a família. Também temos um jardim muito grande que permite ser coabitado pelos utentes das duas valências, e de alguma forma o ar livre também lhes traz alguma paz. Tentamos sempre que as pessoas, tendo autonomia, saiam sempre de dentro do edifício, apanhar ar, ir ao café, ou estar com as crianças, só lhes faz bem. A nossa perspetiva foi sempre tornar a instituição o mais aberta possível.
Luís Costa define como prioridade para o futuro próximo da residência sénior Lar D. Pedro V o empenho no aperfeiçoamento de processos e na criação de dinâmicas que envolvam cada vez mais os idosos e as crianças do colégio. O gestor tem também muito empenho no incentivo à autonomia do idoso, promovendo uma política de liberdade de movimentos para o residente idoso autónomo.
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